terça-feira, 13 de novembro de 2012

Apenas eu

Acho interessantíssimo como as pessoas fogem e tem medo de serem amadas. Falam tanto de amor, escutam músicas sobre a paixão e o desejo e até cobiçam isso pra elas, mas quando alguém chega e quer mostrar o que é viver um sentimento puro as pessoas se vestem com armaduras impenetráveis e se escondem atrás da indiferença. Porra, vei! Não sou assim! Não vai ser por causa de uma, duas, ou mais tentativas erradas, que vou desacreditar que existe algo bom pra mim por ai. É difícil não se fechar quando feridas estão abertas, mas não quero ser o solitário sendo eu mesmo o culpado por não deixar outras pessoas me fazer feliz. Há dentro de mim uma necessidade de amar, de cuidar, de compartilhar que se faz necessário expressar. Talvez minha forma de demonstrar isso assuste um pouco, pois a maioria das pessoas acha que o meu doar é sempre na esperança de ter algo em troca. Lógico, quem não quer ser retribuído, mas nada que faço por alguém é querendo uma retribuição à altura ou não. Quem me conhece de verdade sabe o quanto eu penso mais no outro do que em mim mesmo. Experiências que me ensinaram a me reservar um pouco mais, a pensar em mim primeiro, mas sou assim, cabeça dura e adoro isso em mim e quem gostar será como sou e não como um projeto do que o outro queira que eu seja. Já me escondi tanto em máscaras e agora que consegui me libertar é que não vou voltar a vesti-las pra ter alguém perto de mim. Não preciso disso por que acima de tudo me amo demais antes de querer que qualquer pessoa me ame. Isso é carência? Não! Isso é minha forma de demonstrar meus sentimentos. Isso também não quer dizer que vou me encher de expectativas para o porvir, pois tenho resiliência de sobra pra sobreviver. Mas gosto de curtir o agora sendo eu mesmo e o futuro, a Deus pertence. Isso não é cobrança, não é desejo de pose, não é “paixonite”. Sou apenas eu tentando me manter sóbrio nessa loucura que são os sentimentos.