sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Lisbela e o Prisioneiro

Título Original: Lisbela e o Prisioneiro

Gênero: Comédia Romântica

Origem/Ano: BRA/2003

Duração: 106 min

Direção: Guel Arraes

Elenco:

Sem dúvida nenhuma , um dos melhores filmes nacionais que já assisti. LISBELA E O PRISIONEIRO é uma comédia romântica que conta a história divertida do malandro, aventureiro e conquistador Leléu (Selton Mello), e da mocinha sonhadora Lisbela (Débora Falabella), que adora ver filmes americanos e sonha com os heróis do cinema.

Lisbela está noiva e de casamento marcado, quando Leléu chega à cidade. O casal se encanta e passa a viver uma história cheia de personagens tirados do cenário nordestino: Inaura, uma mulher casada e sedutora (Virginia Cavendish) que tenta atrair o herói; um marido valentão e "matador", Frederico Evandro (Marco Nanini); um pai severo e chefe de polícia, Tenente Guedes (André Mattos); um pernambucano com sotaque carioca, Douglas (Bruno Garcia), visto sob o prisma do humor regional; e um "cabo de destacamento", Cabo Citonho (Tadeu Mello), que
é suficientemente astuto para satisfazer os seus apetites.

Lisbela e o prisioneiro foi o primeiro longa-metragem do diretor Guel Arraes feito especificamente para o cinema. Seus filmes anteriores, O Auto da Compadecida e Caramuru - A Invenção do Brasil, eram adaptações de minisséries exibidas pela Rede Globo. Foi o sétimo filme mais visto em 2003 no Brasil, tendo levado 3.146.461 pessoas aos cinemas, e a música tema é interpretada por Caetano Veloso.

Parte do roteiro do filme... quando Leléu encontra Lisbela pela primeira vez.

Lisbela: Eu sabia que era você.
Leléu: A melhor parte foi sumir com todo mundo.
Lisbela: Como é que faz a transformação?
Leléu: Eu vou lhe mostrar. A gente monta essa caixa preta em forma de L com esse vidro aqui no meio. Agora a senhora fique bem paradinha aí do seu lado que eu vou pro meu aqui vestido de macaco. Se eu apago a luz da senhora, e deixo só a minha aqui acesa, o povo só vê o macaco refletido ali no vidro, mas quando é ao contrário, só se vê a senhora. Conforme eu vou apagando a luz do seu lado, e aumentando aqui o meu, a minha imagem vai refletindo por cima da sua, que agora já vai sumindo assim bem devagarzinho. É como se a senhora se transformasse em gorila.
Lisbela: Como uma máquina do tempo. Fazendo a gente virar o que foi a milhares de anos atrás.
Leléu: Mas pode funcionar também como uma máquina do amor.
Lisbela: E existe lá máquina pra isso?
Leléu: Quando a gente ama uma pessoa, o que a gente mais quer nesse mundo?
Lisbela: Ah, é ficar bem juntinho.
Leléu: Pronto. Tão juntinho, tão juntinho, que como diz o poeta: 'Transforma-se o amador na coisa amada, por virtude do muito imaginar, não tem o algo mais que desejar, pois já tenho em mim a parte desejada. '
Lisbela: Achei mais bonita ainda essa máquina do amor.
Leléu: Pois então fique bem quietinha, e feche os olhos, que vou lhe mostrar como funciona a máquina do desejo. Eita cadê?
Lisbela: É que eu liguei a máquina da ilusão.