sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Coisas que eu vi


Adorei esse Texto ... caiu na Prova da Petrobrás para Profissional Junior de RP...

Em torno do espaço público no Brasil


Estou no aeroporto de Salvador, na velha Bahia. São 8h25 de uma ensolarada manhã de sábado e eu aguardo o avião que vai me levar ao Rio de Janeiro e, de lá, para minha casa em Niterói. Viajo relativamente leve: uma pasta com um livro e um computador no qual escrevo estas notas, mais um arquivo com o texto da conferência que proferi para um grupo de empresários americanos que excursionam aprendendo ? como eles sempre fazem e nós, na nossa solene arrogância, abominamos ? sobre o Brasil. Passei rapidamente pela segurança feita por funcionários locais que riam e trocavam piadas entre si, e logo cheguei a um amplo saguão com aquelas poltronas de metal que acomodam o cidadão transformado em passageiro
Busco um lugar, porque o relativamente leve começa a pesar nos meus ombros e logo observo algo notável: todos os assentos estão ocupados por pessoas e por suas malas ou pacotes. Eu me explico: o sujeito senta num lugar e usa as outras cadeiras para colocar suas malas, pacotes, sacolas e embrulhos. Assim, cada indivíduo ocupa três cadeiras, em vez de uma, simultaneamente. Eu olho em volta e vejo que não há onde sentar! Meus companheiros de jornada e de saguão simplesmente não me veem e, acomodados como velhos nobres ou bispos baianos da boa era escravocrata, exprimem no rosto uma atitude indiferente bem apropriada com a posse abusiva daquilo que é definido como uma poltrona individual. Não vejo em ninguém o menor mal-estar ou conflito entre estar só, mas ocupar três lugares; ou perceber que o espaço onde estamos, sendo de todos, teria de ser usado com maior consciência em relação aos outros como iguais e não como inferiores que ficam sem onde sentar porque "eu cheguei primeiro e tenho direito a mais cadeiras!".
Trata-se, penso imediatamente, de uma ocupação "pessoal" e hierárquica do espaço; e não um estilo individual e cidadão de usá-lo. De tal sorte que alguns se apropriam do saguão ? desenhado para todos ? como se fosse a sala de visitas de suas próprias casas, tudo acontecendo sem a menor consciência de que, numa democracia, até o espaço e o tempo devem ser usados democraticamente.
Bem à minha frente, num conjunto de assentos para três pessoas, duas moças dormem serenamente, ocupando o assento central com suas pernas e malas. Ao seu lado, e sem dúvida imitando-as, uma jovem senhora com ares de dona Carlota Joaquina está sentada na cadeira central e ocupa a cadeira do seu lado direito com uma sacola de grife na qual guarda suas compras. Num outro conjunto de assentos mais distantes, nos outros portões de embarque, observo o mesmo padrão. Ninguém se lembra de ocupar apenas um lugar. Todos estão sentados em dois ou três assentos de uma só vez! Pouco se lixam para uma senhora que chega com um bebê no colo, acompanhado de sua velha mãe.
Digo para mim mesmo: eis um fato do cotidiano brasileiro que pipoca de formas diferentes em vários domínios de nossa vida social. Pois não é assim que entramos nos restaurantes quando estamos em grupo e logo passamos a ser "donos" de tudo? E não é do mesmo modo que ocupamos praças, praias e passagens? Não estamos vendo isso na cena federal quando o presidente faz uma campanha aberta para sua candidata, abandonando a impessoalidade como um valor e princípio, e do conflito e interesse que ele deveria ser o primeiro a zelar? Não é assim que agem todos os agentes públicos do chamado "alto escalão" quando se arrogam a propriedade dos recursos que gerenciam? Não é o que acontece nas filas e nos estádios, cinemas e teatros? Isso para não mencionar o trânsito, onde os condutores de automóveis se sentem no direito de atropelar os pedestres.
Temos uma verdadeira alergia à impessoalidade que obriga a enxergar o outro. Pois levar a sério o impessoal significa suspender nossos interesses pessoais, dando atenção aos outros como iguais, como deveria ocorrer neste amplo salão no qual metade dos assentos não estão ocupados por pessoas, mas por pertences de passageiros sentados ao seu lado.
Finalmente observo que quem não tem onde sentar sente-se constrangido em solicitar a vaga ocupada pela mala ou embrulho de quem chegou primeiro. Trata-se de um modo hierarquizado de construir o espaço público e, pelo visto, não vamos nos livrar dele tão cedo. Afinal, os incomodados que se mudem! 

DA MATA, Robeto. O Globo, 24, mar.2010

Minha declaração...


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Missão Impossível Parte II

Bom gente, nem continuei a história sem pé nem cabeça que comecei semana passada sobre as coisas secretas que ando fazendo. Quero deixar bem claro que não estou fazendo nada de errado. Não tem nada fora da lei nesse negócio, por isso pare de pensar em chamar o governo e deligue esse telefone do 190 que eu sou uma pessoa direita. (rsrsrs)


Como havia falado, na quinta feira que passou eu iria receber mais informações no QG. Então prontamente fui até meu contato logo pela manhã, porém antes de chegar ao local combinado para a troca de informações, percebi que estava de mãos vazias. Os planos tinham mudado e para dar continuidade ao processo eu deveria requerer algumas ferramentas que já havia descartado. Tive que mais uma vez me virar em mil pra conseguir o projeto inicial, haja vista que a situação era diferente e esse era essencial. Liguei para alguns contatos e responsáveis e depois de algumas negociações reavi o documento e com este em mãos pudi prosseguir para o próximo passo.


Assim que eu tive a oportunidade, passei o documento para a minha informante, que prontamente me levou a sala principal do QG, onde a elite, deste trabalho, humildemente é locada.. Chagando lá deixamos o documento com alguns responsáveis que nos conduziu amigavelmente para o fim desse desfecho. Ao sair de lá minha informante pediu-me para descansar, pois os próximos passos da missão não dependia mais dos nossos esforços e sim da competência dos agentes maiores. Entretanto, pediu-me para aguardar ordens posteriores sobre o assunto, pois ainda não tínhamos abortado a situação.


Voltei para o descanso do meu lar e ...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Uma lição para toda a vida



















Respeitar as opções do outro "em qualquer aspecto" é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter. As pessoas são diferentes, agem diferente e pensam diferente. Nunca julguemos. Apenas compreendamos.

Mensagem enviado por Rogério Scavuzzi via email

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dias de "Missão Impossível"


Esses dias dei uma de de espião internacional e usei um pouco do jeitinho brasileiro pra conseguir algumas coisas. Não vou me vangloriar do que fiz, mas foi muito engraçado me ver depois agindo daquele jeito. (rsrsrs)


E o pior de tudo é que tá dando certo. Não deu certo ainda porque ainda não acabou. Na verdade ainda estou em missão secreta. (kkkkkkkkkk). Mas digo a você que pensei em abortar a missão, pois a coisa tava braba. Tudo que eu fazia tava"empacando" o processo. As portas que tentei abrir pareciam mais "portas do desespero"... Acredite ou não, ressuscitei até coisas mortas. (kkkkk)


Na verdade essa missão já ta rolando há uns 3 meses. Num posso falar quase nada por que é secreta (kkkkk), mas posso dizer que mais uma vez o mundo está sendo salvo sem você saber "de quem?" e "pelo o quê?".


Quinta feira vou ao QG para mais informações e depois posto o desenrolar dessa historia sem pé, nem cabeça.