sexta-feira, 28 de março de 2014

Puff

Acho interessante, pessoas que tem a vida amorosa comparada com a de Gretchen, Lindsay Lohan e Paris Hilton, mais conturbada que a de Lady Dai na época que era casada com o príncipe Charles, que são mais rodadas que pratinho de microondas, darem conselhos (pitaco) sobre os relacionamentos dos outros. 
Acredito que se essas pessoas ocupassem seu tempo tentando resolver sua conturbada vida amorosa não gastariam tanto esforço pra “melar” a dos outros. O problema de algumas pessoas é que não conseguem ver a felicidade de alguns amigos e se ver solteira e infeliz. Ao invés de estar feliz por eles e procurar a sua felicidade, tentam resgatar os velhos amigos para voltar a viver aquela vidinha medíocre de solteiros. Festas, baladas, farras, feriados, praias, bebedeiras, amores de noitadas e no fim de tudo se vêem sozinhas no seu quarto sem a esperança de ter algo realmente sério e duradouro.
Como disse Arnaldo Jabor: “Na hora de cantar, todo mundo enche o peito nas boates e gandaias, levanta os braços, sorri e dispara: ‘eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também.’ No entanto, passado o efeito da manguaça com energético, e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração tribalista se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição... Ser de todo mundo, não ser de ninguém, é o mesmo que não ter ninguém também”
Ser solteiro é ótimo, mas é só uma fase. Realmente soube viver como tal, mas a gente cresce e descobre que quer viver momentos com alguém especial e que não sejam só momentos, que quer algo mais do que “noitadas” e “ficadas”. A gente quer algo que realmente dure e que vale a pena. Quer algo e alguém em que a gente possa realmente confiar e firmar nossos passos, construir sonhos juntos, parar de acampar em colinas estranhas e estabelecer residência, e quem não quer isso não precisa ficar tentando “converter” os demais.



(Texto escrito dia 28/março/2014)

sábado, 15 de março de 2014

Promiscuidade Gay

Essa semana me peguei vendo e procurando relatos e percebi que tá rolando por ai um vídeo que mostra uma "pegação" gay no carnaval de Florianópolis e a primeira coisa que pensei quando vi o vídeo foi: "Que povo doido". 
Já ouvi muita coisa a respeito dessa pegação. Uns descendo a lenha na comunidade gay, outros apenas observando e refutando ser da nossa natureza a promiscuidade, outros dando maior apoio e que não é a primeira vez que isso rola por lá e não será a última. Eu realmente fiquei chocado com o descuido dos rapazes. Não pela pegação e sim pela loucura de fazer "coisas" no meio da rua e ainda sem nenhuma proteção. L O U C O S.
Fiquei assustado, porém entendi que existem pessoas e pessoas.
Não preciso ser afeminado para ser gay, como também não preciso ser gay para ser promíscuo. Li um texto hoje pela manhã a respeito do vídeo que falava que os homossexuais de hoje são quase inidentificável pelo "gaydar" (radar gay), pois estão cada dia mais se adequando a "cultura machista" que diz que o gay hoje em dia, para não ser humilhado na rua, tem que ser hominho pra viver no meio da sociedade. Que ser gay é gostar da pegação, depravação e essas coisas tem se perdido com o movimento dessa nova geração de gays hominhos. Discordo disso. Sou "machinho" por que minha criação me proporcionou esse tipo de característica, mas nem por isso deixei de sentir tesão por homens. E garanto a você que como gay assumido não é fácil do mesmo jeito que não é para um afeminado viver em nossa cultura. Mas ser homossexual, gay, bichinha, viado não me faz um promiscuo em potencial. Sou um homem que gosta de sexo. Qual homem não gosta e quer sexo a qualquer momento? Homens são mais assanhados, safados, tarados e prontos para o sexo. Imaginem dois homens juntos sentindo atração um pelo outro? A coisa fica bem mais intensa. Porém, a vivência e o caráter de cada indivíduo é que vai diferenciar na hora de cada um dar vazão aos seus desejos. Existe a pessoa certa, hora e lugar para fazer certas coisas.
O problema desse acontecimento, o da pegação gay em Floripa é que se focaram nesse grupo de caras se pegando ao ar livre, porém vejo em meio aos carnavais da vida, vários casais héteros fazendo coisas até pior. É só procurar vídeos no YouTube. A questão é que as pessoas, em sua maioria, usam o carnaval para depravar geral e acabam exagerando na dose. Quem sou eu pra falar dessa galera que tava se pegando, pois quantas vezes, quando estava solteiro, fiz pior nos becos da vida. Mas o grande problema é que pra nós, homossexuais, tudo que acontece que é “ruim/feio” aos olhos da sociedade é intensificado e generalizado para todos e sabemos que a promiscuidade é um traço de caráter e não de sexualidade. Não é minha opção sexual que vai definir meu caráter. Uns tem um bom, outros nem tanto. É preciso ter discernimento para saber dividir e entender que ser gay não é ser promíscuo.



(Texto escrito em 15/março/2014)

quinta-feira, 13 de março de 2014

Sobre o amor

A gente sempre sonha e acha que o nosso par ideal vai concordar em tudo que a gente quer, que tudo na vida vai ser sempre amoroso e belo. Que nossa alma gêmea vai gostar das mesmas coisas, ter os mesmo pensamentos, assistir os mesmos filmes, as mesmas séries ... B A L E L A!! Esse tipo de pensamento foi algo que a Disney inseriu na nossa mente. Acredito muito na física quando fala que os opostos se atraem. Como o positivo e o negativo.
Somos muito diferentes. EM TUDO. Nossa diferença é tão gritante que meu egoísmo pede pra mandar você sumir da minha frente toda vez que discordamos. E isso é quase sempre 
Mas não me vejo longe. Fico "catando" motivos pra correr, mas só encontro motivos pra ficar. Passo o dia “maquinando” o que vou falar pra brigar com você, daí você chega com aquele sorriso bobo e sempre me faz gaguejar e esquecer o que tinha ensaiado pra falar. Penso que nada na vida é fácil e que viver a dois é complicado e difícil mesmo. Tudo isso por que nossa geração é uma geração "descartável" onde somos acostumados a jogar fora e ter outro. Prefiro consertar.
Por mais que seja insuportável alguns momentos de convivência, temos um ao outro. E isso é bom. Eu cuido de você e sei que você cuida de mim. Com formas e jeitos diferentes, mas sei que me ama.
Quero viver minha velhice com você. Quero contar os meus dias com você. Mesmo querendo muitas vezes mandar você ir pro o inferno, mas um sorriso teu me derrete e a certeza de nos ver naquela cadeira de balanço me faz acreditar que amanhã será um novo dia. E hoje é mais um mês de muitos que ainda estão por vir. Estou feliz por nós. Sou feliz.
Parabéns a felicidade. Parabéns ao amor. Parabéns aos opostos. Parabéns a nós.


(Texto escrito em 13/março/2014)

quinta-feira, 6 de março de 2014

Orações para Bobby

Sabe aquele tipo de filme que todos comentam, mas você nunca teve coragem de assistir, mas depois que assiste se pergunta o porquê não viu antes? “Orações para Bobby” entrou nessa minha lista. Aconselho a todos que desejam entender um pouco minha realidade a ver este filme.
Acredito que muito de mim, do que passei internamente, foi vivido nesse longa metragem. Tirando a parte que ele desiste de si mesmo, entretanto os dramas em família e principalmente a respeito da espiritualidade e de sentir Deus dentro de mim são completamente semelhantes e reais. Vivenciei muitos dilemas do amor de Deus por mim. Quantas madrugadas chorando, pedindo respostas. Quantas pesquisas e estudos para entender as escrituras sagradas. Quantas vigílias fiz com o Novo Altar pedindo forças pra resistir a "tentação". Lutas internas comigo e Deus. Coisas que só quem sabe é quem passa, quem vivencia. Hoje aprendi a me amar e sei que sou perfeito como Deus me fez. Simples assim! E sempre que me perguntam com estou eu respondo que nunca me senti tão completo. Era a parte do meu quebra cabeça que faltava. Eu me aceitar do jeito que Deus me criou.
Como diz a canção da Lady Gaga: “Deus não comete erros. Estou no caminho certo, querido! Eu nasci desse jeito.”


(Texto escrito em 06/março/2014)