sábado, 25 de abril de 2009

Dez coisas para se fazer antes de morrer

Achei essa matéria tão interessante que resolvi coloca-la na integra aqui!!! Foi escrita no blog Instante Posterior do G por Bruno Medina.

Diz-se por aí – e até hoje não houve motivos para discordar - que a única verdade absoluta inerente à vida é a certeza de que, cedo ou tarde, todos vamos bater as botas. Perdoem a aparente morbidez do tema, mas devo desde já admitir que considero sensato (e até saudável) o empenho de evitar os tabus relacionados à morte.

Humanos, e por natureza imperfeitos, alguns de nós preferem viver à sombra de sua capa negra, à espera da fatídica jogada, ao invés de aproveitar da melhor maneira possível os dias a que temod direito. Ao longo dos séculos, nossa obsessão evidencia-se pela extensa produção artística e filosófica dedicada ao assunto, onde seguramente se inserem as mais relevantes obras já criadas pelo homem.

Se não se enquadra na categoria descrita acima, José Martí, escritor, poeta e líder nacionalista cubano, ao menos colaborou para dar leveza à questão. Atribui-se a ele a ideia de que nenhuma existência terá sido em vão caso atenda a apenas três exigências: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Com base na simplicidade e popularidade de tais preceitos é razoável imaginar que muita gente deva ter partido desta para uma melhor com a sensação de dever cumprido graças ao sujeito.

Tendo como referência o que foi proposto por Martí, alguns anos atrás a revista americana Forbes criou a sua versão da lista. Muito embora a publicação seja conhecida por divulgar quem são os indivíduos mais ricos e poderosos do planeta, resolvi dar-lhe crédito e submeter minhas melhores e mais estimadas vivências aos critérios propostos, só pra ver que bicho dá. Posto isto, vamos a eles:

DEZ COISAS PARA SE FAZER ANTES DE MORRER

1. Fazer uma ‘Pilgrimage’. O termo é utilizado para definir uma longa jornada, ou a viagem que coincide com uma busca de grande valor moral. Os destinos que primeiro vêm à mente são Jerusalém, Roma, Meca ou Santiago de Compostela. Em meu favor, só posso assinalar passagens pela Basílica de Aparecida e pelo Cristo Redentor, mas creio que para os editores da publicação estes lugares não contemplam o sentido pretendido. Comecei mal.

2. Memorizar um poema e passá-lo a diante. Essa é pra recuperar, está fácil. Não me lembro ao certo da ocasião, mas com certeza já apliquei o artifício a alguma pretendente durante a adolescência. Um dos poemas escolhidos foi este, do Mário Quintana, “coração que bate-bate / Antes deixes de bater! / Só num relógio é que as horas / Vão passando sem sofrer”. Próxima.

3. Escalar sua própria montanha. Pelo que entendi, o significado é transpor uma dificuldade, vencer um desafio. Faço isso toda vez em que me apresento em público ou estou diante das câmeras.

4. Fazer uma refeição boa o suficiente para ser sua última. Tenho que pensar… não sei se a circunstância contribuiu (dia livre numa cidade tediosa) , mas em minha última passagem por Portugal comi um prato divino; o restaurante era do tipo familiar, localizado num povoado de uns 5 mil habitantes. Polvo à vinagrete com batatas ao murro pode não ser uma pedida muito popular mas, acreditem, na ocasião era o manjar dos deuses.

5. Ter um inimigo mortal. Este item está aqui porque ter um opositor veemente é uma forma de comprovar a firmeza de suas convicções. Vou ficar devendo, não sou muito de guardar rancor.

6. Perdoar alguém. Pela mesma razão anterior, digo que sim, perdoei muitas vezes. Para citar um caso, lembro-me de que certa vez meu irmão escreveu na tampa da caixa do Jogo da Vida que eu havia roubado na roleta, e ainda pôs a data! Roubar no “jogo da vida”? Quem iria querer carregar essa mácula? A mentira ficou perpetuada e sempre que jogávamos com amigos eu precisava me defender da injúria. Apesar das constantes humilhações, perdoei.

7. Ver por você mesmo que a Terra é redonda. Não sou nenhum Amyr Klink mas, para alguém da minha idade, até que já viajei bastante. Não tanto quanto gostaria, tenho tempo ainda. Vou me dar meio ponto nessa.

8. Levar alguém que ama a ‘Camera degli Sposi’ . Trata-se de uma sala do Palácio Ducal, na Itália, ostensivamente decorada por pinturas e afrescos. Nunca estive lá, no entanto posso me gabar de ter conhecido Mona Lisa, Guernica, os quadros de Van Gogh e os da fase negra do Goya. Sempre sozinho. Será que vale meio ponto também?

9. Desafiar a gravidade. Sendo esta uma lei imutável da física, minha interpretação aponta para quem é ou foi rebelde sem causa ou vivenciou alguma experiência ultrarradical. Já viajei de teco-teco, de barquinho em meio a tempestade, cruzei ponte prestes a cair, mas nunca por vontade própria. Então, seria incorreto afirmar que desafiei a gravidade, assim, deliberadamente.

10. Deixar que alguém aproveite a chance que você perdeu. Essa está guardada para o meu filho.

É chegada a hora da contabilidade. Das dez coisas para se fazer antes de morrer, contando os meio pontos, vou considerar já ter feito cinco. Confesso que, a esta altura da vida, ficaria preocupado se tivesse passado de sete. Para os supersticiosos, uma dica: pensando bem, talvez o único jeito de retardar o “xeque-mate” seja deixar a lista sempre incompleta.


Postado por Bruno Medina em 24 de abril de 2009 às 16:00

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Pensamentos ao Vento

Por que os indivíduos tendem a achar que as pessoas que fazem comunicação têm que ser bons ao escrever? iii ... não sei!!! Gosto de escrever, mas nem por isso sou o bom. Gosto de colocar os meus sentimentos no papel/tela.

Não se manda, obriga alguém escrever. Apenas se escreve.

Palavras mal ditas, erradas, isoladas não fazem sentindo. Só as fazem quando saem do coração. No momento o meu só sai alegria e medo. É tanto que eu não conseguido expressar em tais palavras. Um abraço explica. Um abraço daqueles que se fala tudo sem sair um som da nossa boca.

Mas espera ai! É para escrever ou para expressar?

Os dois. Escrever é expressar os sentimentos em formas de letras. Não é fácil, mas estou sobrevivendo.

Desde o começo do ano estou me reabilitando para uma nova vida. Você pode se perguntar: “E o que é que eu tenho haver com isso?” Responderei: TUDO! Sou parte de um todo e nesse todo você é uma parte. Sabemos que o homem se adapta ao meio em que vive. O meio em que eu vivo não poderia ser chamado de O MEIO e sim de OS meios. Deve ser daí que vem o problema central da minha vida. Viver em ecossistemas diferentes do meu habitat.

“Eita” que agora confundiu tudo.

“Pera” que eu vou explicar.

O problema todo é que não tenho forças suficientes para me desapegar do passado e construir um futuro. Ouvi uma frase certa vez que dizia: “... visitar lugares novos não é tão interessante quanto rever alguns dos antigos”, ou seja, é mais fácil pisar em um terreno já conhecido do que em terreno estranho. Tenho esse problema. Tenho medo do novo.

É tanta coisa acontecendo que fico com medo de dar alguns passos em diante. Sei que alguns são para o meu próprio bem. Falo isso por que estou passando por momentos conflitantes. Por mais que eu seja apegado a algumas pessoas da igreja onde estou congregando, ainda é difícil ter certa confiança nas mesmas para expressar alguns sentimentos. Não que elas não me passem segurança. Não por isso, mas pelo meu passado. Não sou muito de confiar nas pessoas. MEDO DO NOVO.

Não quero me desapegar dos meus velhos amigos, mesmo sabendo que essas não vão me trazer uma estabilidade espiritual, na qual eu preciso para passar a um novo nível de vida com Deus. “OOOOO ele agora está falando de Deus”. Sim, de Deus sim. Ele é a única razão pela qual ainda estou aqui. Ainda estou escrevendo essas bobagens.

Vivo em diversos mundos. Às vezes pareço até o Bob do “fantástico mundo de bob”, mas não é por que eu quero. É só uma forma de não se sentir só. Acredito que me relacionando com todos nunca estarei só. Talvez meu medo do novo seja o medo de estar sozinho. Por isso nunca termino nada. Nunca faço inimigos. Nunca coloco um ponto final nas coisas, por que assim sempre haverá uma brecha para uma possível volta. Estou errado pensando assim, mas não sei como mudar. É tão natural que às vezes faço sem saber. Já virou hábito.

Gostaria que não existisse nada disso em mim. Acho que tudo começou quando me vi sozinho, sem uma “família tradicional”. Tive que me readaptar aos ambientes em que vivia (casa do meu pai, casa da minha mãe, minha casa, casa da minha tia Isabel, igreja, escola). Para cada local eu era um Neto diferente. O Netoka sobrinho distante da família, o Neto filho revoltado, o Zé Pó guenzo e amigo de todos na federal, o Neto brincalhão da escola e o Neto responsável da igreja. Mas quem eu era na verdade? Não sei!!! Acho que eu era todos eles e ao mesmo tempo nenhum. Isso foi crescendo comigo e me afogando e me perdendo até o fim do ano passado, 2008. Decidi mudar. Não queria ser o agrado dos outros. Aquilo não estava me fazendo bem. Não queria agradar a mais ninguém e sim a mim mesmo. Resolvi ser quem eu realmente era. Daí você poderá estar se perguntando: Sim, mas quem realmente você é?

Ainda não sei. Só sei que nada sei.

Estou me esforçando para quebrar a barreira do novo. Passei 3 anos para conseguir confiar em alguém a ponto de começar um relacionamento sério. Hoje estou aprendendo a ver realmente quem eu quero do meu lado e quem eu realmente amo a ponto de suportar as diferenças. Hoje eu posso dizer com segurança que eu posso ir pra onde for eu sempre voltarei para o ponto de partida, meu ministério. Hoje estou pronto para dizer, NÃO, EU NÃO GOSTO DISSO E NÃO QUERO. Hoje faço as coisas que gosto e não penso no que os outros iriam pensar, como por exemplo, escrever sem se preocupar no que estou escrevendo ... escrever para por para fora o que ta lá no fundo e não consigo falar.

Sei que vou conseguir aceitar o novo e confiar nas pessoas que me cercam. Sei que o meu passado eu não posso mudar, mas posso fazer o meu futuro. Sei que mesmo com as diferenças de idades serei feliz o máximo que eu puder e a farei muito feliz. Sei que há uma família reservada para mim, sem dores, sem magoas, sem separações, sem decepções, só a alegria do Senhor nas nossas vidas.

Desde já quero falar que amo a todos do mesmo jeito, só não aceitarei que me julguem por não fazer o que vocês querem. Se quiser se afastar, se afaste. Mas se quiser ser meu amigo/irmão, me aceite e segure a minha mão para andarmos juntos nessa minha nova jornada!!!

Ufa ... parece que dessa vez eu desabafei bastante!!!