terça-feira, 13 de outubro de 2015

Sem lenço e sem documento

Equipe Ouvidoria da Saúde
Município de João Pessoa 2014
Já estou entrando no 4º mês sem emprego e tô começando a ficar desesperado. Desde que saí da Ouvidoria da Saúde, aqui em João Pessoa, as coisas não foram muito boas para a minha humilde pessoa. O ano de 2015 não está sendo um bom ano para mim, em todos os sentidos. Muitas histórias terei pra contar sobre o décimo quinto ano do terceiro milênio, princialmente em relação a empregos.
Laboratório de Anatomia da FCM
Sempre quis trabalhar na minha área de Relações Públicas. Principalmente com eventos, pois amo eventos, mas nunca tive a oportunidade e nem a sorte de me encaixar em alguma assessoria. Foi então que resolvi mudar de rumo em 2014 indo para a saúde. No começo do ano deixei meu trabalho na Secretaria de Saúde de João Pessoa, pra me dedicar só ao curso de Farmácia. Estava no segundo período. Porém, as matérias de química já não estavam entrando na minha cabeça e também comecei a ter problemas no meu relacionamento e sem saco nenhum para a vida, deixei o curso. Ou seja, fiquei sem trabalho e sem estudar. Fui procurar emprego em setores que não condizem com minha formação acadêmica, mas não podia ficar parado e sem dinheiro. Entreguei currículo em todas as lojas de todos os shoppings da cidade. Lojas de comércio e em todos os anúncios dos classificados de emprego eu me inscrevia. Fiz algumas entrevistas e sem mais nenhuma esperança, entrei na Contax, empresa de telemarketing. Trabalhei 45 dias como atendente receptivo da VIVO. A pior experiência que já tive na vida. Se alguém me perguntar o que é o inferno, eu diria: uma ilha de atendimento de telemarketing. 
Refeitório da Contax João Pessoa
Por estresse e por motivos pessoaias (acabei meu namoro mais uma vez), abandonei o emprego e fui viajar. Muito louco, cheio de contas pra pagar e ainda fazendo mais contas com viagens. Minha sorte foi que não gastei quase nada, mas minha cabeça ainda estava nas nuvens com tudo que estava me acontecendo. Tinha colocado meu relacionamento na base de toda minha vida e mais uma vez eu quebrei essa base e me desestruturei completamente. Nada mais estava dando certo. Ou talvez eu não queria que desse certo. Eu sempre consigo me sabotar.
Ao voltar pra João Pessoa, a gerente da Tim do Mangabeira Shopping, uma conhecida minha da época de cursinho pré vestibular, que já tinha feito uma entrevista comigo antes da minha viagem, me ligou e me informou que tinha uma vaga na equipe dela. Prontamente fui tentar mais uma vez me encaixar no mercado que não era o meu. VENDAS.
Equipe da noite da loja Tim
Mangabeira Shopping
Eu sou desenrolado para vender qualquer produto, só não me peça pra vender algo que eu não acredito e que eu não ache certo. Foi o que aconteceu comigo na TIM. Sou cliente, mas sou beta. E minha missão era vender alguns (pra não dizer a quantia certa e extremamente incoerente com o mercado) planos. Conseguia facilmente vender aparelhos, mas o foco da loja era os planos e esses não me desciam a garganta. Foi então que comecei a procurar soluções para meu desanimo profissional. Resolvi tentar mandar currículos personalizados para as agências de assessoramento de eventos de João Pessoa. Peguei as 6 melhores assessorias, e fiz uma caixa de doces com um currículo personalizado, tipo convite de casamento, e fui pessoalmente em casa agência entregar. Das seis, só uma me chamou para uma entrevista. E sem esperanças de uma possível contratação. 
Desanimado, ainda cogitei a ideia de tentar um mestrado na minha área de comunicação em Natal, mas não tenho base acadêmica para tal façanha. Minhas experiências acadêmicas foram todas voltadas para o mercado, mas o mercado não me quis. 
Pedi pra sair da TIM e fiquei em casa, pensando no que fazer. Por causa do meu relacionamento, cogitei a ideia de ir morar em Natal, foi então que procurei a ouvidoria de lá. Entreguei alguns currículos e estou aguardando respostas. Mas estou tão desmotivado sobre isso que nem tenho mais esperanças se uma hora o emprego vai sair. 
De tudo que me aconteceu esse ano em relação ao meu profissional eu só tenho a dizer que não está sendo um ano fácil. O país entrou em crise e o desemprego tá piorando a cada dia. E eu espero que daqui pro final do ano as coisas se encaixem e mudem, porque eu já estou ficando sem esperanças.  


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