sábado, 15 de março de 2014

Promiscuidade Gay

Essa semana me peguei vendo e procurando relatos e percebi que tá rolando por ai um vídeo que mostra uma "pegação" gay no carnaval de Florianópolis e a primeira coisa que pensei quando vi o vídeo foi: "Que povo doido". 
Já ouvi muita coisa a respeito dessa pegação. Uns descendo a lenha na comunidade gay, outros apenas observando e refutando ser da nossa natureza a promiscuidade, outros dando maior apoio e que não é a primeira vez que isso rola por lá e não será a última. Eu realmente fiquei chocado com o descuido dos rapazes. Não pela pegação e sim pela loucura de fazer "coisas" no meio da rua e ainda sem nenhuma proteção. L O U C O S.
Fiquei assustado, porém entendi que existem pessoas e pessoas.
Não preciso ser afeminado para ser gay, como também não preciso ser gay para ser promíscuo. Li um texto hoje pela manhã a respeito do vídeo que falava que os homossexuais de hoje são quase inidentificável pelo "gaydar" (radar gay), pois estão cada dia mais se adequando a "cultura machista" que diz que o gay hoje em dia, para não ser humilhado na rua, tem que ser hominho pra viver no meio da sociedade. Que ser gay é gostar da pegação, depravação e essas coisas tem se perdido com o movimento dessa nova geração de gays hominhos. Discordo disso. Sou "machinho" por que minha criação me proporcionou esse tipo de característica, mas nem por isso deixei de sentir tesão por homens. E garanto a você que como gay assumido não é fácil do mesmo jeito que não é para um afeminado viver em nossa cultura. Mas ser homossexual, gay, bichinha, viado não me faz um promiscuo em potencial. Sou um homem que gosta de sexo. Qual homem não gosta e quer sexo a qualquer momento? Homens são mais assanhados, safados, tarados e prontos para o sexo. Imaginem dois homens juntos sentindo atração um pelo outro? A coisa fica bem mais intensa. Porém, a vivência e o caráter de cada indivíduo é que vai diferenciar na hora de cada um dar vazão aos seus desejos. Existe a pessoa certa, hora e lugar para fazer certas coisas.
O problema desse acontecimento, o da pegação gay em Floripa é que se focaram nesse grupo de caras se pegando ao ar livre, porém vejo em meio aos carnavais da vida, vários casais héteros fazendo coisas até pior. É só procurar vídeos no YouTube. A questão é que as pessoas, em sua maioria, usam o carnaval para depravar geral e acabam exagerando na dose. Quem sou eu pra falar dessa galera que tava se pegando, pois quantas vezes, quando estava solteiro, fiz pior nos becos da vida. Mas o grande problema é que pra nós, homossexuais, tudo que acontece que é “ruim/feio” aos olhos da sociedade é intensificado e generalizado para todos e sabemos que a promiscuidade é um traço de caráter e não de sexualidade. Não é minha opção sexual que vai definir meu caráter. Uns tem um bom, outros nem tanto. É preciso ter discernimento para saber dividir e entender que ser gay não é ser promíscuo.



(Texto escrito em 15/março/2014)

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